Carpe Diem é uma frase em latim de um poema de Horácio, e é popularmente traduzida para colha o dia ou aproveite o momento.Por isso aqui vou aproveitar o momento de inspiração e da falta dela também, para escrever tudo o que me der vontade. Tudo mesmo!




DOAR É UM ATO DE VIDA.
DOE SANGUE E MEDULA ÓSSEA.


segunda-feira, 3 de maio de 2010

PROCURA-SE UM AMIGO




Não precisa ser homem, basta ser humano, basta ter sentimentos, basta ter coração. Precisa saber falar e calar, sobretudo saber ouvir. Tem que gostar de poesia, de madrugada, de pássaro, de sol, da lua, do canto, dos ventos e das canções da brisa. Deve ter amor, um grande amor por alguém, ou então sentir falta de não ter esse amor.. Deve amar o próximo e respeitar a dor que os passantes levam consigo. Deve guardar segredo sem se sacrificar.



Não é preciso que seja de primeira mão, nem é imprescindível que seja de segunda mão. Pode já ter sido enganado, pois todos os amigos são enganados. Não é preciso que seja puro, nem que seja todo impuro, mas não deve ser vulgar. Deve ter um ideal e medo de perdê-lo e, no caso de assim não ser, deve sentir o grande vácuo que isso deixa. Tem que ter ressonâncias humanas, seu principal objetivo deve ser o de amigo. Deve sentir pena das pessoa tristes e compreender o imenso vazio dos solitários. Deve gostar de crianças e lastimar as que não puderam nascer.


Procura-se um amigo para gostar dos mesmos gostos, que se comova, quando chamado de amigo. Que saiba conversar de coisas simples, de orvalhos, de grandes chuvas e das recordações de infância. Precisa-se de um amigo para não se enlouquecer, para contar o que se viu de belo e triste durante o dia, dos anseios e das realizações, dos sonhos e da realidade. Deve gostar de ruas desertas, de poças de água e de caminhos molhados, de beira de estrada, de mato depois da chuva, de se deitar no capim.


Precisa-se de um amigo que diga que vale a pena viver, não porque a vida é bela, mas porque já se tem um amigo. Precisa-se de um amigo para se parar de chorar. Para não se viver debruçado no passado em busca de memórias perdidas. Que nos bata nos ombros sorrindo ou chorando, mas que nos chame de amigo, para ter-se a consciência de que ainda se vive.



Sinto-me privilegiada ao ler esse texto do "poetinha". Ao longo da vida posso dizer que cultivei vários amigos. Talvez cada um deles não tenha todas essas características citadas. Mas como um grupo, sim têm todas e mais algumas.
Alguns desses amigos são de infância, outros de adolescência, outros conheci depois de adulta.
E vários outros, por mais incrível que isso possa parecer, são virtuais. Porém, o carinho, a amizade e o apoio que recebo deles não é virtual, pelo contrário, é real demais.
Por isso, hoje, esse poema é pra todos os meus amigos.
Os que estão longe, os que estão perto, os que me ligam todos os dias, os que chegam nas horas de apuros, os amigos pra tomar um chopp e jogar conversa fora, os amigos com quem as conversas são mais filosóficas, aqueles que são muito parecidos comigo e aqueles que não concordamos em nada, mas passamos horas deliciosas debatendo.
Todos eles, sem exceção!!!

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